Lançado no Brasil em 2003 e logo o Honda Fit se tornou um sucesso de vendas e de crítica, graças ao seu espaço interno versátil e ao seu desempenho econômico, mas o sucesso de economia veio mesmo por conta da versão CVT.
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Em 2008, o Honda Fit ganhou a sua segunda geração no Brasil, chamada de G2. O modelo recebeu uma reformulação completa no visual, na mecânica e na lista de equipamentos, ficando mais sofisticado, potente e seguro.
Mas será que ele também ficou melhor do que a primeira geração? E será que ele ainda vale a pena hoje em dia, mesmo sem o câmbio CVT que era um dos seus diferenciais?
2009: a segunda geração do Fit
Em 2009, o Honda Fit chegou à sua segunda geração, trazendo um visual mais moderno e arrojado, com faróis maiores, grade frontal cromada e lanternas traseiras em LED. O carro também ficou mais espaçoso, com um aumento de 5 cm no comprimento e 2 cm na largura. O porta-malas passou a ter capacidade para 384 litros, podendo chegar a 1.100 litros com os bancos traseiros rebatidos.
O Honda Fit 2009 foi oferecido em quatro versões: LX, LXL, EX e EXL. Todas elas contavam com motor 1.4 ou 1.5 flex, que podiam ser acoplados a um câmbio manual de cinco marchas ou a um câmbio automático de cinco marchas com paddle shift (borboletas) no volante. A potência variava entre 100 cv e 116 cv, dependendo da versão e do combustível utilizado.
Entre os itens de série, o Honda Fit 2009 trazia ar-condicionado, direção elétrica, vidros e travas elétricas, rádio com CD e MP3, computador de bordo, freios ABS, airbags frontais e alarme. As versões mais completas acrescentavam bancos de couro, piloto automático, faróis de neblina, ajuste de altura do banco do motorista e rodas de liga leve.
2010: a chegada da versão DX
Em 2010, o Honda Fit ganhou uma nova versão de entrada, chamada DX. Essa versão tinha como objetivo oferecer um preço mais acessível para o consumidor, mas sem abrir mão da qualidade e da confiabilidade do modelo. O Honda Fit DX tinha motor 1.4 flex de 100 cv (com gasolina) ou 101 cv (com álcool), câmbio manual de cinco marchas e direção elétrica.
O Honda Fit DX também vinha equipado com ar-condicionado, vidros e travas elétricas, rádio com CD e MP3, freios ABS, airbags frontais e alarme. Porém, ele não contava com alguns itens presentes nas outras versões, como computador de bordo, volante com regulagem de altura, rodas de liga leve e faróis de neblina.
2011: poucas mudanças
Em 2011, o Honda Fit não teve grandes alterações em relação ao ano anterior. A única novidade foi a inclusão do sistema ECON nas versões com câmbio automático. Esse sistema era acionado por um botão no painel e tinha como função otimizar o consumo de combustível do carro, reduzindo a potência do motor e ajustando o funcionamento do ar-condicionado.
2012: reestilização e nova transmissão
Em 2012, o Honda Fit passou por uma reestilização que modificou alguns detalhes do seu design externo e interno. Por fora, o carro ganhou novos faróis com máscara negra, nova grade frontal com friso cromado mais fino, novos para-choques dianteiro e traseiro com vincos mais marcantes e novas rodas de liga leve. Por dentro, o carro recebeu novos revestimentos nos bancos e nas portas, novo painel de instrumentos com iluminação azul e branca e novo volante multifuncional.
Além disso, o Honda Fit 2012 trouxe uma importante mudança na sua transmissão: as versões com câmbio automático passaram a contar com uma caixa CVT (continuamente variável), que dispensava as marchas fixas e proporcionava uma condução mais suave e econômica. O câmbio CVT também mantinha as borboletas no volante para trocas manuais.
As versões do Honda Fit 2012 permaneceram as mesmas do ano anterior: DX, LX, LXL, EX e EXL. Todas elas mantiveram os mesmos motores 1.4 e 1.5 flex, com potências entre 100 cv e 116 cv.
2013: a versão aventureira Twist
Em 2013, o Honda Fit ganhou uma versão exclusiva para o mercado brasileiro, chamada Twist. Essa versão tinha um visual mais aventureiro, com apliques plásticos nas caixas de roda, nas laterais e nos para-choques, além de rack de teto, faróis com máscara negra e rodas de liga leve de 16 polegadas. O Honda Fit Twist também tinha suspensão elevada em 10 mm, para melhorar a absorção de impactos em pisos irregulares.
O Honda Fit Twist tinha motor 1.5 flex de 115 cv (com gasolina) ou 116 cv (com álcool), podendo ser equipado com câmbio manual ou CVT. Entre os itens de série, o carro trazia ar-condicionado, direção elétrica, vidros e travas elétricas, rádio com CD e MP3, entrada USB, computador de bordo, freios ABS, airbags frontais e alarme.
Neste artigo, vamos responder essas perguntas e mostrar as principais diferenças entre o Honda Fit G1 e o Honda Fit G2. Vamos ver também quais são os pontos positivos e negativos dessa versão e quais são os problemas mais comuns que podem afetar o carro.
Diferenças entre o Honda Fit G1 e o Honda Fit G2
O Honda Fit G2 foi lançado no Brasil em 2008 como modelo 2009. Ele trouxe várias mudanças em relação ao Honda Fit G1, que foi vendido entre 2003 e 2008 como modelo 2004 a 2008. As principais diferenças entre os dois modelos foram:
- O design externo: o Honda Fit G2 ficou mais arredondado e aerodinâmico do que o Honda Fit G1, que tinha linhas mais retas e angulosas. O novo modelo também ganhou faróis maiores e mais afilados, grade frontal cromada, para-choques mais envolventes, lanternas traseiras horizontais e rodas de liga leve de 15 polegadas nas versões mais caras.
- O design interno: o Honda Fit G2 ficou mais sofisticado e refinado do que o Honda Fit G1, que tinha um acabamento mais simples e funcional. O novo modelo também adotou o padrão de estilo (e até o volante) do Civic de sétima geração, trazendo painel digital com iluminação azul, ar-condicionado digital automático nas versões mais caras, rádio com CD player e MP3 nas versões intermediárias e superiores e revestimento dos bancos em veludo ou couro nas versões mais caras.
- O espaço interno: o Honda Fit G2 manteve o mesmo espaço interno do Honda Fit G1, que era um dos seus pontos fortes. O novo modelo também manteve o sistema ULT de rebatimento dos bancos traseiros, que permitia até dez combinações diferentes para acomodar passageiros ou bagagem.
Mudanças mais sensíveis
No entanto, o porta-malas do Honda Fit G2 ficou menor do que o do Honda Fit G1, passando de 380 litros para 363 litros.
- A mecânica: o Honda Fit G2 ficou mais potente e menos econômica do que o Honda Fit G1, que já tinha um bom desempenho. O novo modelo trocou os motores 1.4 de 80 cv e 1.5 de 105 cv pelos motores 1.4 de 100 cv e 1.5 de 116 cv, ambos com comando variável de válvulas (antes era o VTEC e agora o i-VTEC) e flexíveis em combustível.
- O novo modelo também trocou o câmbio automático CVT (continuamente variável) pelo câmbio automático convencional de cinco marchas nas versões mais caras, contudo fabricação própria da Honda.
O novo modelo também ganhou freios ABS com EBD e airbags frontais de série em todas as versões e airbags laterais nas versões mais caras.
- A lista de equipamentos: o Honda Fit G2 ficou mais completo e tecnológico do que o Honda Fit G1, que tinha uma lista de equipamentos mais enxuta e básica.
O novo modelo ganhou itens como computador de bordo multifunções, controle remoto para rádio no volante, ar-condicionado digital automático, sensor de estacionamento traseiro, câmera de ré, piloto automático, sistema multimídia com tela sensível ao toque de 7 polegadas e conectividade com Android Auto e Apple CarPlay nas versões mais caras.
Diferenças técnicas entre o Honda Fit G1 e o Honda Fit G2
| Item | Honda Fit G1 | Honda Fit G2 |
|---|---|---|
| Comprimento | 3830 mm | 3955 mm |
| Largura | 1675 mm | 1694 mm |
| Altura | 1535 mm | 1525 mm |
| Entre-eixos | 2450 mm | 2530 mm |
| Porta-malas | 380 litros | 363 litros |
| Motor 1.4 | 80 cv e 12,7 kgfm (gasolina) ou 83 cv e 12,8 kgfm (etanol) | 100 cv e 13 kgfm (gasolina) ou 101 cv e 13 kgfm (etanol) |
| Motor 1.5 | 105 cv e 14,7 kgfm (gasolina) ou 110 cv e 14,8 kgfm (etanol) | 115 cv e 15,2 kgfm (gasolina) ou 116 cv e 15,3 kgfm (etanol) |
| Câmbio manual | Cinco marchas | Cinco marchas |
| Câmbio automático | CVT com simulação de sete marchas | Cinco marchas com paddle shifts nas versões mais caras |
| Freios dianteiros | Disco ventilado | Disco ventilado |
| Freios traseiros | Tambor | Tambor |
| Suspensão dianteira | McPherson independente com molas helicoidais e barra estabilizadora | McPherson independente com molas helicoidais e barra estabilizadora |
| Suspensão traseira | Eixo de torção com molas helicoidais e barra estabilizadora | Eixo de torção com molas helicoidais e barra estabilizadora |
| Direção | Elétrica progressiva | Elétrica progressiva |
| Rodas e pneus | Aço de 14 polegadas ou liga leve de 15 polegadas com pneus 175/65 R14 ou 185/55 R15 | Aço de 15 polegadas ou liga leve de 16 polegadas com pneus 185/60 R15 ou 185/55 R16 |
Prós e contras do Honda Fit G2
O Honda Fit G2 tem vários pontos positivos que o tornam um carro atraente para os consumidores que buscam um monovolume compacto, versátil e confiável. Alguns dos prós do Honda Fit G2 são:
O design moderno e diferenciado, que foge dos padrões dos hatches convencionais e que agrada tanto aos jovens quanto aos mais maduros.
O espaço interno versátil e funcional, que permite diversas configurações dos bancos traseiros, criando mais espaço para passageiros ou para bagagem. O sistema ULT Seat permite rebater os bancos traseiros de forma plana, elevá-los para criar um compartimento inferior ou avançá-los para ampliar o porta-malas.
O desempenho econômico e confiável, que garante uma boa autonomia de viagem e um baixo custo de manutenção. O motor 1.4 ou 1.5 tem um consumo médio de 11,8 km/l na cidade e 14,1 km/l na estrada com gasolina e 8,3 km/l na cidade e 9,9 km/l na estrada com etanol.
O câmbio manual de cinco marchas ou o automático de cinco marchas com paddle shifts nas versões mais caras proporcionam uma troca de marchas suave e precisa.
Segurança ativa e passiva
Uma boa proteção aos ocupantes em caso de acidentes e uma boa estabilidade nas curvas. O Honda Fit G2 tem um bom resultado nos testes de colisão, com quatro estrelas para a proteção de adultos e três estrelas para a proteção de crianças. Ele também conta com freios ABS com EBD, airbags frontais (e laterais nas versões mais caras) e controle de tração (opcional nas versões mais caras).
No entanto, o Honda Fit G2 também tem alguns pontos negativos que podem desagradar alguns consumidores que esperam mais do carro pelo seu preço. Alguns dos contras do Honda Fit G2 são:
A suspensão do Honda Fit é dura e baixa
Que transmite as irregularidades do solo para o interior do carro e pode raspar em lombadas ou valetas. Vários proprietários reclamam da suspensão do Honda Fit G2, que é mais firme do que a do Honda Fit G1 e que pode comprometer o conforto dos passageiros.
Acabamento simples e barulhento
Que deixa a desejar em relação à qualidade dos materiais e ao isolamento acústico. O Honda Fit G2 tem um acabamento interno mais sofisticado do que o do Honda Fit G1, mas ainda assim é bastante simples e funcional, com plásticos duros e tecidos simples. Além disso, o carro apresenta vários ruídos internos no painel, nas portas, na tampa do porta-malas e nos vidros.
A falta do câmbio CVT
Que era um dos diferenciais do Honda Fit G1 e que proporcionava uma condução mais suave e econômica. O Honda Fit G2 trocou o câmbio CVT pelo câmbio automático convencional de cinco marchas nas versões mais caras, o que desagradou alguns consumidores que preferiam o câmbio CVT.
Alguns proprietários também reclamam da resposta do câmbio automático, que pode ser lento ou indeciso em algumas situações.
Problemas mais comuns
O Honda Fit G2 é um carro que não costuma apresentar muitos problemas mecânicos ou elétricos, desde que seja feita a manutenção preventiva corretamente. No entanto, alguns problemas podem ocorrer com o passar do tempo ou com o uso inadequado do carro. Alguns dos problemas mais comuns são:
Desgaste prematuro dos pneus
Principalmente os dianteiros, que pode ser causado por uma calibragem incorreta, por um alinhamento ou balanceamento deficiente ou por uma direção agressiva.
A solução é verificar periodicamente a pressão dos pneus, fazer o rodízio a cada 10 mil km e realizar o alinhamento e balanceamento sempre que necessário.
Ruídos na suspensão
Ainda na dianteira, que podem ser causados por uma batida em buracos ou lombadas, por uma sobrecarga do carro ou por uma peça solta ou danificada.
Para evitar o problema maior, o ideal é levar o carro a uma oficina especializada para verificar o estado dos amortecedores, molas, buchas e coxins da suspensão e trocar as peças se for preciso.
Recall de peças
A segurança e a confiabilidade do carro. O Honda Fit G2 foi alvo de vários recalls ao longo dos anos, envolvendo peças como o tanque de combustível1, a unidade de controle eletrônica (ECU) do câmbio CVT e o insuflador do airbag. A solução é verificar se o seu carro está envolvido em algum recall e levar o carro a uma concessionária autorizada para fazer a troca das peças gratuitamente.
Diferença de preço entre as versões do Honda Fit G1 e do Honda Fit G2
O Honda Fit G1 foi vendido no Brasil entre 2003 e 2008, com preços que variavam de R$ 35.000,00 a R$ 55.000,00, dependendo da versão e do ano. Os preços atuais variavam de R$ 52.300,00 a R$ 69.900,00, dependendo da versão e do ano.
A tabela abaixo mostra a diferença de preço entre as versões do Honda Fit G1 e do Honda Fit G2, considerando os valores médios praticados no mercado em 2008:
| Versão | Honda Fit G1 | Honda Fit G2 | Diferença |
|---|---|---|---|
| LX 1.4 manual | R$ 40.000,00 | R$ 52.300,00 | R$ 12.300,00 |
| LX 1.4 automático CVT | R$ 43.000,00 | R$ 56.300,00 | R$ 13.300,00 |
| LXL 1.4 manual | R$ 42.000,00 | R$ 54.800,00 | R$ 12.800,00 |
| LXL 1.4 automático CVT | R$ 45.000,00 | R$ 59.100,00 | R$ 14.100,00 |
| EX 1.5 manual | R$ 47.000,00 | R$ 58.500,00 | R$ 11.500,00 |
| EX 1.5 automático CVT | R$ 50.000,00 | R$ 63.200,00 | R$ 13.200,00 |
| EXL 1.5 automático CVT (com airbags laterais) | R$ 55.000,00 | R$ 69.900,00 (com airbags laterais e couro) | R$ 14.900,00 |
Honda FIT g2 ficou mais caro, realmente
Como se pode observar na tabela acima, o Honda Fit G2 ficou mais caro do que o Honda Fit G1 em todas as versões e tipos de câmbio. A diferença média foi de cerca de R$ 13.000,00 a mais pelo novo modelo.
Isso se deve ao fato de que o Honda Fit G2 trouxe várias novidades em relação ao Honda Fit G1, como um design mais moderno e aerodinâmico, um motor mais potente e econômico, um câmbio automático convencional de cinco marchas nas versões mais caras (em substituição ao câmbio CVT), uma lista de equipamentos mais completa e tecnológica e uma maior segurança ativa e passiva.
No entanto, o aumento de preço também pode ter afastado alguns consumidores que esperavam um carro mais acessível e competitivo no segmento dos hatchs nada compactos.
Honda Fit Twist? é um Fit G2
Honda Fit Twist é considerado um Honda Fit G2. Ele foi uma versão especial, lançada em 2012, que tinha como diferencial um visual mais aventureiro e esportivo.
O Honda Fit Twist tinha rodas de liga leve de 16 polegadas com desenho exclusivo, para-choques dianteiro e traseiro com apliques pretos, faróis com máscara negra, rack de teto, lanternas traseiras fumê e adesivos alusivos à versão nas laterais e na tampa do porta-malas.
Ele também tinha uma suspensão mais elevada em 10 mm e uma direção mais firme.
O Honda Fit Twist era equipado com o motor 1.5 de 116 cv e tinha duas opções de câmbio: manual de cinco marchas ou automático de cinco marchas com paddle shifts.
Ele era baseado na versão LX do Honda Fit G2 e tinha os mesmos itens de série, como ar-condicionado, airbag duplo, computador de bordo, trio elétrico, rádio/CD/MP3/USB, coluna de direção com ajuste de altura e profundidade, porta-luvas duplo, freio a disco nas quatro rodas com ABS e EBD e banco do motorista com regulagem de altura1.
Ficou com dúvida ainda?
O Honda Fit G2 é um carro que tem muitas qualidades e poucos defeitos. Ele se destaca pelo seu design moderno e diferenciado, pelo seu espaço interno versátil e funcional, pelo seu desempenho econômico e confiável e pela sua segurança ativa e passiva. Ele também tem um bom valor de revenda e uma boa reputação no mercado.
No entanto, ele também pode apresentar alguns problemas com o passar do tempo ou com o uso inadequado do carro. Por isso, é importante fazer a manutenção preventiva corretamente e verificar se o seu carro está envolvido em algum recall.
Além disso, é preciso estar ciente dos pontos negativos do carro, como a suspensão dura e baixa, o acabamento simples e barulhento e a falta do câmbio CVT.
Portanto, a escolha pelo Honda Fit G2 depende do gosto, da necessidade e do orçamento de cada pessoa. É importante fazer uma avaliação criteriosa dos prós e contras do carro antes de decidir pela compra ou não.
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